Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem.
Quem vai virar o jogo
E transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado
Só de quem me interessa.
Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Me traz o seu sossego
Atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa
Me dá sua palavraS
ussurra em meu ouvido
Só o que me interessa.
A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa.
É o que me interessa
Lenine
Labiata
sábado, 26 de dezembro de 2009
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Do porque dos meus silêncios
" Posso ter demorado para perceber. Não me culpo. Saber antes não me traria nenhum bencefício - falta-me jeito para fazer sala à vontade.
A mulher não gosta de dar respostas. Explicar, argumentar, avisar, sinalizar, mostrar com o dedo. A vida não pode ser resumida aos três sinais do semáfaro.
A mulher não deseja ser mãe de seu homem.
Não deseja ser professora de seu homem.
Não deseja ser tia de seu homem.
Muito menos avó, com chá de boldo na cama.
Não fica excitada de colocá-lo de castigo.
A mulher não deseja que ele concorde, longe disso.
Deseja ser compreendida. Se o homem diz que a compreende, por que ela é obrigada a convencê-lo a todo momento? Não tem lógica.
A mulher termina enfastiada com a idéia de repetir a mesma ladainha: " Você não me entende?". E ele não entende, apressa entender, que é diferente.
A mulher deseja silencia, mas não silenciar um silêncio qualquer, um silêncio rispido, um silêncio grosseiro, de talher a cabeça baixa, e sim um silêncio satisfeito, um silêncio de orla, um silêncio de calçadão.
Quando a mulher se irrita, não lhe faltam argumentos; ela apenas desistiu de falar. E o homem pensa que ela, enfim, aceitou a sua opinião.
A mulher não deseja dar a resposta, está esperando a reação dele.
(...)
Não adianta fazer ciúmes ou fingir remorso. Teatro amador é na escola.
(...)
É arriscar ou encenar um falsa sapiência durante cinco dias, cinco meses, cinco anos até acontecer a separação.
A paciência tem limite, ora bolas.
Ela não vai ficar dando a resposta infinitamente. Tampouco deseja que o homem memorize a resposta.
Repitir o que ela falou atesta que ele não estava ouvindo. A tática de reiterar a última frase para fingir atenção não funciona mais.
(...)
A mulher não deseja a resposta certa; não há resposta certa."
...
Carpinejar - A resposta em
O Amor Esquece de Começar
(e o poeta que desculpe o desrespeito aos parágrafos)
A mulher não gosta de dar respostas. Explicar, argumentar, avisar, sinalizar, mostrar com o dedo. A vida não pode ser resumida aos três sinais do semáfaro.
A mulher não deseja ser mãe de seu homem.
Não deseja ser professora de seu homem.
Não deseja ser tia de seu homem.
Muito menos avó, com chá de boldo na cama.
Não fica excitada de colocá-lo de castigo.
A mulher não deseja que ele concorde, longe disso.
Deseja ser compreendida. Se o homem diz que a compreende, por que ela é obrigada a convencê-lo a todo momento? Não tem lógica.
A mulher termina enfastiada com a idéia de repetir a mesma ladainha: " Você não me entende?". E ele não entende, apressa entender, que é diferente.
A mulher deseja silencia, mas não silenciar um silêncio qualquer, um silêncio rispido, um silêncio grosseiro, de talher a cabeça baixa, e sim um silêncio satisfeito, um silêncio de orla, um silêncio de calçadão.
Quando a mulher se irrita, não lhe faltam argumentos; ela apenas desistiu de falar. E o homem pensa que ela, enfim, aceitou a sua opinião.
A mulher não deseja dar a resposta, está esperando a reação dele.
(...)
Não adianta fazer ciúmes ou fingir remorso. Teatro amador é na escola.
(...)
É arriscar ou encenar um falsa sapiência durante cinco dias, cinco meses, cinco anos até acontecer a separação.
A paciência tem limite, ora bolas.
Ela não vai ficar dando a resposta infinitamente. Tampouco deseja que o homem memorize a resposta.
Repitir o que ela falou atesta que ele não estava ouvindo. A tática de reiterar a última frase para fingir atenção não funciona mais.
(...)
A mulher não deseja a resposta certa; não há resposta certa."
...
Carpinejar - A resposta em
O Amor Esquece de Começar
(e o poeta que desculpe o desrespeito aos parágrafos)
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Do porque (eu descobri?!) poucas pessoas gostam de gatos e (não) cães ou do porque os animais se parecem com seus donos...
"Quem cuida de gato ama a sua solidão. O felino fica quieto pela casa, como um ruído de osso, um ruído interno do corpo.
(...)
Nem com um nome ele se torna doméstico.
(...)
Quem cuida de cachorros gosta de escapar de sua solidão. Sair para passear, andar com ele com coleira, dividir o cumprimento, o tapete da rua.
(...)
O cão é dispersivo, late para estar em todos os lugares, e não está em nenhum; diferente do gato. Alerta, fala mais do que escuta"
Carpinejar
O amor esquece de começar
(...)
Nem com um nome ele se torna doméstico.
(...)
Quem cuida de cachorros gosta de escapar de sua solidão. Sair para passear, andar com ele com coleira, dividir o cumprimento, o tapete da rua.
(...)
O cão é dispersivo, late para estar em todos os lugares, e não está em nenhum; diferente do gato. Alerta, fala mais do que escuta"
Carpinejar
O amor esquece de começar
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Do porque o muro dever ter pontas
"Hesitação. o homem da escada hesitava
ha vários dias entre subir e descer.
Os anos passavam e o homem continuava
a hesitar: subo ou desço?
Até que certo dia a escada caiu."
O senhor Becht
Gonçalo M. Tavares
ha vários dias entre subir e descer.
Os anos passavam e o homem continuava
a hesitar: subo ou desço?
Até que certo dia a escada caiu."
O senhor Becht
Gonçalo M. Tavares
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Do porque do mundo psiconáutico?!
"Não somos como aqueles que chegam a formar pensamentos senão no meio dos livros - o nosso hábito é pensar ao ar livre, andando, saltando, escalando, dançando."
Nietzsche
Nietzsche
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Do porque o prazer é fútil
“O prazer fácil empalidece rapidamente e raramente se sustenta após a repetição. Nós simplismente enjoamos e não sabemos porque. Pensamos: como é possível, se isso me dava tanto prazer antes?”
Uma Paixão por Cultura
Carlos Eduardo Paletta Guedes.
Uma Paixão por Cultura
Carlos Eduardo Paletta Guedes.
Do porque acreditar...
Suas crenças se tornam seus pensamentos
Seus pensamentos se tornam suas palavras
Suas palavras se tornam suas ações
Suas ações se tornam seus hábitos
Seus hábitos se tornam seus valores
Seus valores se tornam o seu destino.
Gandhi
Seus pensamentos se tornam suas palavras
Suas palavras se tornam suas ações
Suas ações se tornam seus hábitos
Seus hábitos se tornam seus valores
Seus valores se tornam o seu destino.
Gandhi
Do porque insistimos em contar nossas misérias
.
"Pois a desgraça é assim, se a gente não sabe nem fala que ela está ali presente, ela quase não existe e já depois que se desse ainda é preciso tempo, contar tudo muitas vezes, pra poder pegar o jeito de se sentir infeliz".
O voo da guará vermelha - Maria Valéria Resende
"Pois a desgraça é assim, se a gente não sabe nem fala que ela está ali presente, ela quase não existe e já depois que se desse ainda é preciso tempo, contar tudo muitas vezes, pra poder pegar o jeito de se sentir infeliz".
O voo da guará vermelha - Maria Valéria Resende
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Do porque das letras
"o deus Thot viajou a Tebas e ofereceu a Thamus, rei do Egito, a arte de escrever. Explicou aqueles hieróglifos, e disse que a escrita era o melhor remédio para curar a memória ruim e a pouca sabedoria.
O rei recusou o presente:
- Memória? Sabedoria? Esse invento produzirá o esquecimento. A sabedoria está na verdade, e não em sua aparência. Não se pode recordar com memória alheia. Os homens registrarão, mas não recordarão. Repetirão, mas não viverão. Serão informados, mas não saberão."
Eduardo Galeano
Espelhos
Uma história quase universal
O rei recusou o presente:
- Memória? Sabedoria? Esse invento produzirá o esquecimento. A sabedoria está na verdade, e não em sua aparência. Não se pode recordar com memória alheia. Os homens registrarão, mas não recordarão. Repetirão, mas não viverão. Serão informados, mas não saberão."
Eduardo Galeano
Espelhos
Uma história quase universal
terça-feira, 23 de junho de 2009
Do porques que não me pertencem, mas poderiam...
"Querer não faz nenhuma diferença. Você quer ser, mas isso não afeta em nada o que de fato você será ou é, como indivíduo. Querer eu queria, embora já tenha aprendido o bastante para não querer mais, e isso em nada afeta o que sou ou serei. Tanto você quanto eu somos obrigados a ser o que somos, no sentido mais profundo da expressão, e não podemos fazer nada quanto a isso."
João Ubaldo Ribeiro
Do Amoroso Esquecimento
Eu, agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?
Da experiência
A experiência de nada serve à gente.
É um médico tardio, distraído:
Põe-se a forjar receitas quando o doente
Já está perdido...
De como perdoar aos inimigos
Perdoas... És cristão...Bem o compreendo...
E é mais cômodo, em suma.Não desculpes, porém, coisa nenhuma,
Que eles bem sabem o que estão fazendo...
Da condição humana
Se variam na casca, idêntico é o miolo,
Julgem-se embora de diversa trama:
Ninguém mais se parece a um verdadeiro tolo
Que o mais sutil dos sábios quando ama.
Das Ilusões
Meu saco de ilusões, bem cheio tive-o.
Com ele ia subindo a ladeira da vida.
E, no entretanto, após cada ilusão perdida...
Que extraordinária sensação de alívio!
Mario Quintana
João Ubaldo Ribeiro
Do Amoroso Esquecimento
Eu, agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?
Da experiência
A experiência de nada serve à gente.
É um médico tardio, distraído:
Põe-se a forjar receitas quando o doente
Já está perdido...
De como perdoar aos inimigos
Perdoas... És cristão...Bem o compreendo...
E é mais cômodo, em suma.Não desculpes, porém, coisa nenhuma,
Que eles bem sabem o que estão fazendo...
Da condição humana
Se variam na casca, idêntico é o miolo,
Julgem-se embora de diversa trama:
Ninguém mais se parece a um verdadeiro tolo
Que o mais sutil dos sábios quando ama.
Das Ilusões
Meu saco de ilusões, bem cheio tive-o.
Com ele ia subindo a ladeira da vida.
E, no entretanto, após cada ilusão perdida...
Que extraordinária sensação de alívio!
Mario Quintana
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Do não porque
Entrou no elevador.
A um canto, outra mulher segurava firme debaixo do braço uma enorme bolsa lilás.
- Que ousadia, uma bolsa lilás- sorriu ela.
- Acabei de dizer a um homem que o amo- respondeu a outra. - Então entrei numa loja e, entre todas, escolhi essa bolsa. Eu precisava sentir nas mãos a minha audácia.
Não sorriu. Agarrou-se náufraga na alça.
(Marina Colasanti)
A um canto, outra mulher segurava firme debaixo do braço uma enorme bolsa lilás.
- Que ousadia, uma bolsa lilás- sorriu ela.
- Acabei de dizer a um homem que o amo- respondeu a outra. - Então entrei numa loja e, entre todas, escolhi essa bolsa. Eu precisava sentir nas mãos a minha audácia.
Não sorriu. Agarrou-se náufraga na alça.
(Marina Colasanti)
sexta-feira, 19 de junho de 2009
quinta-feira, 5 de março de 2009
Do porque amo os meus dias
domingo, 18 de janeiro de 2009
Do porque esses não são desejos para o novo ano:
.
SEM ARREPENDIMENTOS!
"Só tenho de meu o que posso carregar comigo (de quem será esta frase? alguem lembra?)..."
Quando se corre, não se vê o tempo passar, não se dá conta do quanto a vida se move... Organizando meus arquivos de fotos enfim dei-me conta do quanto conheci, do quanto vivi, por um ano. E agora registro alguns felizes momentos que carrego, meus, para dividir com quem os queria, pelo simples prazer disto:
Trabalhei muito, com saúde e alegria!
Já abri e fechei milhares de vezes as janelas de minha futura casa (e como saboriei).
Conheci pessoas fascinantes e redescobri companheiros leais (aprendi a dedicar mais tempo a eles) e o prazer de suas companhias para uma festa, um filme, uma gelada, ou discutir a vida real e imaginária.
Voltei a rascunhar poemas e a observar o mundo da porta, sem telescópios; nasceram minhas primeiras crônicas (o monstro da escrita para mim!) e ganhei meu nome impresso em um livro (maravilhoso! Também por ter sido dividido) e quantos amigos vieram junto!!! E vi meu filho apreciar a descoberta de ouvir e criar histórias (e como conta histórias de dragões bons e maus – importante que sejam dos dois lados).
Meus momentos com ele é um capitulo a parte:
Corremos e rimos até cansar incontáveis vezes, brincamos de carro-choque, falamos sobre a vida (já?! Sempre!) e montamos quebra-cabeças (já havia esquecido do quanto adorava isso). Deixei de tirar inúmeros fotos para apreciar os momentos mágicos.
Li muitos livros infantis, alguns romances me fizeram chorar (comprei um novo pequeno príncipe de Exupéry), emprestei para sempre alguns de meus livros favoritos e me apaixonei por muitos outros que levei para casa e namorei antes de dormir.
Fiz terapia!!! Só para descobrir que não preciso. Voltei para o yoga (e me senti como se nunca o tivesse deixado), falei com Deus para agradecer .
Comprei vestidos e maquiagem (supérfluos!!!) e continuo não precisando deles para sorrir, mas aproveitei-os!
Conheci outras faces dos homens, e do amor. Aprendi a não fechar os olhos. E após anos saboreie beijos novos e adorei!
Caminhei com a lua e passei noites em claro por não poder parar de sorrir.
Mas o melhor de tudo... E no ultimo dia do ano, em meio aos fogos, deitei ao lado de quem mais amo e velei seu sono, sorrindo até adormecer. Sem festas e risos, um único sorriso repleto, completo, em paz e sem precisar de mais nada. A espera de mais alegrias para o novo ano!
Os momentos difíceis? Estes nunca ficam nos álbuns de meu peito.
O porquê escrevo? Para desejar tantas alegrias a quem amo, neste ano e sempre!!!
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