terça-feira, 21 de setembro de 2010

Do porque ser


Capitalismo para iniciantes
Carlos Eduardo Novaes
Vilmar Rodrigues

quarta-feira, 21 de julho de 2010

do porque identifico

- Esta aqui também é boa - disse. - Veja só esta frase: "O homem devia orgulhar-se da dor; toda dor é uma manifestação de nossa elevada estirpe." Magnífico! Oitenta anos antes de Nietzche! Mas não é esta a passagem que eu pensava mostrar-lhe... Espere, aqui está. ouça: "A maioria dos homens não quer nadar antes que o possa fazer." Não é engraçado? Naturalmente, não querem nadar. Nasceram para andar na terra e não para a água. E, naturalmente, não querem pensar: foram criados para viver e não para pensar! Isto mesmo! E quem pensa, quem faz do pensamento sua principal atividade, pode chegar muito longe com isso, mas, sem dúvida estará confundindo a terra com a água e um dia morrerá afogado.

Hermann Hesse - O lobo da estepe

terça-feira, 15 de junho de 2010

Do porque dos sentires

"Não o conseguirá quem não o sente,
A quem não fluir do peito sem requintes,
P'ra, com deleite omnipotente,
Conquistar todos os ouvintes
Juntae, fervei aqui e ali,
Guisados com o manjar vizinho,
E das escassas cinzas expelli
O vosso flammejar mesquinho.
Creanças, monos, vos admirarão
Mas, nunca falareis a um outro coração,
Se o próprio vos não inspirar."

Fausto - Goethe

sexta-feira, 26 de março de 2010

Dos sempre... porquês

"Do que fugir. Como se houvesse fuga. Só no sentido musical, talvez, como as fugas de Bach, em que uma voz perseguia a outra, e os caminhos pareciam ganhar autonomia, mas teriam de chegar a um acorde final. Haruki sabia tocar fugas de Bach ao piano, embora fizesse anos que já não chegava perto do instrumento. Será que ainda era capaz? Disseminar melodias que se despistavam e procuravam, como amantes em jogos eróticos? E o que Bach pensaria disso, jogos eróticos - ele, um homem de deus? Era possível fazer essa divisão entre as coisas do corpo e as do espírito, ou ambas estavam (eroticamente) imbricadas, como a linha melódica de uma fuga? Mas o espírito, Haruki pensava, morava nas células nervosas, e o corpo era substância volátil, como álcool - apenas demorava um pouco mais para se volatilizar."

"Recair significa cair de novo. No poço sem fundo da felicidade, no abismo renovável da dor e do não. A vida: atençao ao prazo de validade. A vida: dosagem recomendada, vide bula. Testada dermatologicamente, testada oftamologicamente em sessões de tortura nos animais de laboratório. Tantas capsulas por dia, de acordo com o peso e com a idade. Em caso de superdosagem, recorrer à lavagem estomacal. Aconselhável a consulta ao seu médico antes de usar."

"A dor. Verdade indesejável num mundo de analgésicos. Nunca, a dor. Jamais senti-la quieta e quente no meio do corpo, jamais deixar que estremeça nas mãos ou sue frio na testa, jamais permitir que a dor doa.
Esse é o grande engodo. Minha dor é minha: marca na pele, feito a vermelhidão da queimadura. Existe uma visita na sala de estar. A dor, senhorinha sentada no canto do sofá.
Isso, talvez, era o que mais atrapalhava a relaçao com o mundo: o preconceito generalizado contra a dor. E haja comprimido de todas as cores e formatos, garrafas de alcool e outras drogas lícitas, drogas ilícitas, entorpecentes de tantas naturezas. Haja poltronas diante da televisão nas noites de domingo, enquanto um espetáculo de insanidades desliza pela tela. Haja disfarces. No fundo, todos eles com o mesmo disfarçado objetivo: que a dor não doa. Que a dor se cale, se encolha, se submeta, se amordace, se domestique."

Adriana Lisboa - Rakushisha

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Do porque sinto o vento com minha xícara vazia

"Sei que sou como a maioria dos homens, para os quais a filosofia da vida não vai além daquilo que ensina a experiência dinamica do prazer-dor. Eu sou tambem como as crianças que não entendem o mundo dos adultos e brincam de ser adultos nos faz-de-contas de seus jogos infantis. Eu não entendo nem explico a vida, mas brinco de vive-la nos meus faz-de-contas dos meus jogos adultos que não visam decifrar esfinge alguma, mas sim curtir o mais possível com a cara delas."

Roberto Freire
Sem tesão não há solução

do porque não tenho culpas

" Nós não lutamos por um mundo no qual a garantia para não se morrer de fome troca-se pelo risco de morrer de tédio."
Raoul Vaneigem

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Do porque para se adivinhar...

De (e a pedidos) Gabriel