" Posso ter demorado para perceber. Não me culpo. Saber antes não me traria nenhum bencefício - falta-me jeito para fazer sala à vontade.
A mulher não gosta de dar respostas. Explicar, argumentar, avisar, sinalizar, mostrar com o dedo. A vida não pode ser resumida aos três sinais do semáfaro.
A mulher não deseja ser mãe de seu homem.
Não deseja ser professora de seu homem.
Não deseja ser tia de seu homem.
Muito menos avó, com chá de boldo na cama.
Não fica excitada de colocá-lo de castigo.
A mulher não deseja que ele concorde, longe disso.
Deseja ser compreendida. Se o homem diz que a compreende, por que ela é obrigada a convencê-lo a todo momento? Não tem lógica.
A mulher termina enfastiada com a idéia de repetir a mesma ladainha: " Você não me entende?". E ele não entende, apressa entender, que é diferente.
A mulher deseja silencia, mas não silenciar um silêncio qualquer, um silêncio rispido, um silêncio grosseiro, de talher a cabeça baixa, e sim um silêncio satisfeito, um silêncio de orla, um silêncio de calçadão.
Quando a mulher se irrita, não lhe faltam argumentos; ela apenas desistiu de falar. E o homem pensa que ela, enfim, aceitou a sua opinião.
A mulher não deseja dar a resposta, está esperando a reação dele.
(...)
Não adianta fazer ciúmes ou fingir remorso. Teatro amador é na escola.
(...)
É arriscar ou encenar um falsa sapiência durante cinco dias, cinco meses, cinco anos até acontecer a separação.
A paciência tem limite, ora bolas.
Ela não vai ficar dando a resposta infinitamente. Tampouco deseja que o homem memorize a resposta.
Repitir o que ela falou atesta que ele não estava ouvindo. A tática de reiterar a última frase para fingir atenção não funciona mais.
(...)
A mulher não deseja a resposta certa; não há resposta certa."
...
Carpinejar - A resposta em
O Amor Esquece de Começar
(e o poeta que desculpe o desrespeito aos parágrafos)
terça-feira, 20 de outubro de 2009
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Do porque (eu descobri?!) poucas pessoas gostam de gatos e (não) cães ou do porque os animais se parecem com seus donos...
"Quem cuida de gato ama a sua solidão. O felino fica quieto pela casa, como um ruído de osso, um ruído interno do corpo.
(...)
Nem com um nome ele se torna doméstico.
(...)
Quem cuida de cachorros gosta de escapar de sua solidão. Sair para passear, andar com ele com coleira, dividir o cumprimento, o tapete da rua.
(...)
O cão é dispersivo, late para estar em todos os lugares, e não está em nenhum; diferente do gato. Alerta, fala mais do que escuta"
Carpinejar
O amor esquece de começar
(...)
Nem com um nome ele se torna doméstico.
(...)
Quem cuida de cachorros gosta de escapar de sua solidão. Sair para passear, andar com ele com coleira, dividir o cumprimento, o tapete da rua.
(...)
O cão é dispersivo, late para estar em todos os lugares, e não está em nenhum; diferente do gato. Alerta, fala mais do que escuta"
Carpinejar
O amor esquece de começar
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